A partir de meados do século XIX, acompanhando o resto da Europa na procura de condições para o desenvolvimento industrial, Portugal inicia a sua corrida ao carvão mineral que conduz ao estabelecimento da maior parte das concessões mineiras nacionais.

Neste contexto, a Bacia Carbonífera do Douro (Sousa, 1973) afirma-se, pela superioridade das suas antracites e proximidade ao Porto, como um centro determinante no processo de transformação do carvão.

No início do século XX, o crescente interesse na exploração carbonífera no território a sul do Douro conduz ao estabelecimento do “Couto Mineiro do Pejão” onde a exploração mineira incidirá sobre parte do filão da Bacia Carbonífera do Douro, ao longo de 10 km, desde Arouca a Germunde; ao longo deste eixo, em virtude da capacidade de extração do minério e da facilidade do seu transporte e comercialização, surgirão as várias minas e aglomerados populacionais onde, ao longo de décadas, as gentes locais foram construindo a sua existência à volta das minas criando a entidade comunitária da "família do Pejão".

Por altura do seu encerramento, em 1994, as minas constituíam a principal estrutura territorial e sócio-económica da região; o seu abandono conduziu à perda das referências das povoações que se desenvolveram neste território onde a paisagem, cada vez mais desarticulada da sua finalidade original e contexto histórico, continua a ostentar as marcas de uma realidade passada.

No Couto mineiro do Pejão que hoje conhecemos, o território herdado apresenta-se, no que diz respeito ao património construído, numa fase de degradação crítica e o património ambiental está seriamente comprometido pelos impactes decorrentes da exploração mineira, nomeadamente em virtude da cumulação, ao logo de décadas, de resíduos perigosos nos locais da antiga exploração mineira, com consequências diretas na fauna e flora locais e na saúde das populações.

As ações a desenvolver (consultar plano de atividades) enquadram-se, predominantemente, nos seguintes tipos genéricos:

• a criação de um espaço museológico (centro interpretativo) que funcione como um espaço de aprendizagem em ambientes não formais aberto a toda a comunidade escolar e local;
• atividades de natureza variada que possibilitem o desenvolvimento de aprendizagens em ambientes não formais, numa perspetiva interdisciplinar, e facilitem a promoção do sucesso dos alunos;
• atividades de natureza científico-experimental, quer em sala de aula como no exterior, que promovam a curiosidade, a observação e a aquisição de uma cultura cientifica sistemática, melhorando a autonomia e o desempenho dos alunos em situações práticas de ensino na área das ciências;
• deslocação dos alunos aos laboratórios / salas de ciências, na escola-sede, para a realização de atividades experimentais e laboratoriais, a ser incluídas no Plano Anual de Atividades, com o objetivo de despoletar a curiosidade;
• realização de visitas de estudo, encontros, seminários e workshops, que promovam o contacto, dos alunos dos diversos ciclos, com investigadores, instituições do Ensino Superior e outras realidades diferentes do Agrupamento de Escolas do Couto Mineiro do Pejão.